A viagem que fiz para Foz do Iguaçu me trouxe a resposta de uma pergunta que faço há muito tempo. Por que existem tantas pessoas que passam anos em uma escola de idiomas e não aprendem de fato, não sabem falar, escrever, etc?  Bom, vamos por partes.

Primeira parte da viagem: Tudo começou quando peguei o táxi, no aeroporto de Foz, com um rapaz muito gentil e simpático. Entre os seus talentos, estava a comunicação. O espertinho logo nos conquistou e fizemos passeios com ele até irmos embora.

A questão é que esse carismático taxista falava inglês e espanhol como nós falamos português e bebemos água. Conversei muito com ele e descobri que nasceu em Foz do Iguaçu mesmo, sempre trabalhou como taxista, ou seja, sempre teve contato com outros idiomas, principalmente espanhol, já que Puerto Iguazú, localizada na Argentina, faz divisa com a cidade paranaense.

Como muitos turistas que visitam Foz do Iguaçu se hospedam na Argentina, a viagem entre os dois países é rotina para ele. Atenção. Repare só a dica se aproximando. Três fatores da vida desse personagem contribuíram para que ele aprendesse mais dois idiomas, além da sua língua materna: sua profissão, a localização do seu nascimento e sua personalidade comunicativa. Ou seja, ele falava muito em diversos idiomas o tempo inteiro.

Na segunda parte da viagem: Reforcei a minha hipótese. Cheguei na parte argentina das cataratas. Tinha pouco tempo, pois já estava tarde e não queria perder um passeio de barco muito bom.

Enfim, estava meio perdida. Pedi informação para um senhor da empresa de barco, ele falava espanhol e perguntou que idioma o meu namorado sabia. Eu respondi inglês, ele me ignorou e começou a conversar, não entendi nada. Claro que fiquei com cara de interrogação e perguntei o que tinha acontecido.

Meu namorado contou que o senhor começou a falar em alemão, que ele é da Bélgica e mora há mais de 20 anos em Puerto Iguazú. Mais um caso de alguém que adquiriu a habilidade de falar outra língua na região e, nesse caso, uma muito diferente daquela falada na sua terra natal. Aí eu pergunto, ele é diferente das outras pessoas, tem habilidades especiais, é um ser superior? Claro que não. Ele é apenas alguém que também teve que usar muito a comunicação na sua profissão, também teve muito contato com pessoas de outros países e, por consequência, aprendeu bem outros idioma. Uhu, descobri!

Descoberta – Nesse momento, “caiu a ficha”, aprender outra língua não é uma dádiva de seres de outro planeta. Porém, é necessário praticar todos os dias e sempre ter a “CARA DE PAU” para falar. Sabe aqueles casos de conhecidos que estudaram por anos o idioma, mas não aprenderam a conversar e, logo, te desanimam para aprender? Quando alguém te falar, “eu estudei por anos e nunca aprendi”, apenas fique atento e não se deixe convencer.

Esse estudante treinou arduamente ou só ia para as aulas? Se arriscou? Procurou alternativas de aprendizagem? Ouviu e falou muito o idioma? Isso ocorre quando não há a prática durante um período longo. Sem prática, sem evolução, não existe milagre. Por isso, sempre que tiver a oportunidade, não importa onde, nem com quem, fale!

Fica a dica: viajar te proporciona ótimas oportunidades para praticar.

Acompanha o blog que mais dicas estão a caminho!

2 respostas

  1. Moro em Foz do Iguaçu é uma cidade com uma diversidade cultural impressionante, temos em pouco espaço Árabes,turcos,libaneses,argentinos, paraguaios,gringos, africanos,japonês, chineses. Modesta parte moradores aprendem.no mínimo dois idiomas. Amo muito tudo isso.

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